Lavagem da Sapucaí: A união de religiões

Olá viajantes! Tudo bem com vocês?
Quando falamos em carnaval, pensamos logo em cultura negra, macumba, candomblé, etc. não é mesmo??
Mas nós que vivemos no meio do samba percebemos que não é bem assim, existem religiões, classes e pessoas para tudo quanto é gosto. E para demonstrar isso de todas as maneiras possíveis existe a lavagem da Sapucaí.


Quando o Rio de Janeiro estava completando 450 anos, a RIOtur  juntos das escolas de samba do Rio de Janeiro começaram a promover essa nova festa  que dá um show  de tolerância religiosa .
A lavagem nada mais é que “abençoar” a passarela do samba para afastar  os maus espíritos dos desfiles oficiais, e como é feito isso??
Esse foi o primeiro ano que eu fui e eu cheguei a me emocionar kkkk  . 
Logo no esquenta, a gente já vê uma Kombi toooooda enfeitada com a imagem de são Sebastião (padroeiro do Rio De Janeiro) ao topo, em frente ao setor 1.


Para começar o evento os organizadores tocaram a música “Nossa Senhora” do Roberto Carlos (uma música católica) no carro de som e logo em seguida mudaram para música “Faz um Milagre em Mim” (uma música evangélica) cantada pela cantora Juliana Pagung. Após tocarem esses “hinos” das igrejas, o Padre Antônio, da Arquidiocese do Rio de Janeiro fez uma reza, e rezou o “pai nosso” ao microfone. Em seguida o Centro Espírita Vovó Carolina conduziu a fanfarra dos clarins e o toque dos tambores para os Orixás.















Em seguida começou o desfile que é composto pelas alas das baianas de todas as escolas de samba adultas, elas vem vestidas como mães de santo e é a coisa mais linda, uma mais linda que a outra com arruda, guiné, palmas, rosas, pereguns, espadas de São Jorge,etc na mão e distribuindo ao público e ao final da escola vem as baianas com defumadores.  A avenida fica dominada por todos os cheiros (maravilhosos). 


Durante o desfile Dudu nobre cantou vaaaaarios sambas tradicionais e é claro que a arquibancada e os jornalistas que estavam na pista vibravam, cantavam e pulavam com cada um deles. E junto das baianas vinham as torcidas organizadas das escolas, o que ajudava ainda mais na empolgação do público com bandeiras e cartazes.




A lavagem da Sapucaí é o exemplo de tolerância religiosa que deveríamos ter, infelizmente não é tão divulgada pela TV, mas eu indico a todos a irem pelo menos uma vez; foram tantos sambas inesquecíveis de uma vez que mesmo quem estava trabalhando não se continha em cantar e dançar um pouquinho.
Segue mais algumas fotos da lavagem:












 Você já foi na Lavagem?? Como foi?? Me conta aí.


XOXO

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